sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Rio + 20


O Rio de Janeiro vivenciou um momento bem diferente em sua historia. O tal do Rio + 20.
Me lembro vagamente da Rio 92, e embora tenha despertado interesses e discussoes importantes, não me lembro nem de longe de ter sido um acontecimento que tenha mobilizado tantas pessoas como a Rio + 20 o fez.
Só quem mora no Rio, mais precisamente, a partir do centro do Rio, tem ideia da quantidade de pessoas diferentes que  apareceram nas ruas quando este evento começou. Pessoas de diferentes nacionalidades, estilos, ideias, concepções… todo mundo andando um do lado do outro pelas ruas.
Eu que moro perto do Aterro, descobri ocasionalmente que uma coisa grande ia acontecer por ali. Na sexta feira a noite, fui caminhar com meu namorado no Aterro e tive uma surpresa ao constatar a quantidade enorme de estruturas que estavam sendo montadas lá. E não apenas as estruturas… eram 11 horas da noite, e a cada 100 metros (ou menos) tinha pelo menos 2 policias. Aterro vazio de pessoas, e cheio de policias. Isso foi uma novidade ! Nunca me senti tão segura na minha vida ! E juro que pensei que o ano todo podia ser Rio + 20!!!
Mas somente no domingo, apos o almoço, quando fomos caminhar com uns amigos pelo Aterro foi que eu entendi o porque daquela preparação e estrutura toda… era muita gente por lá !!! Varias tendas… cada uma fazendo seus debates, manifestações… palanques, lojas de produtos alternativos, lojas de reciclagem… uma infinidade de coisas diferentes.
Acho que ali tinha espaço e eventos pra todas as etnias, religiões e idéias.  Me surpreendi ao perceber a quantidade enorme de pessoas que lutavam por idéias/ ideais diferentes. Tanta diversidade de pensamento… tanta vontade de se fazer ouvir …
Fiquei um pouco frustrada comigo...  Fiquei me perguntando porque eu não participo de nenhum destes grupos? Porque eu não participo de nenhum grupo? A impressão que eu tive é que todas as pessoas deste planeta estavam lá lutando por alguma causa / coisa … e eu não tenho causa nenhuma!! 
Nunca tinha parado pra pensar nisso, mas naquele momento não ter uma causa me incomodou!!  Tenho minhas ideais do que é certo e errado , mas nunca quiz que o mundo inteiro concordasse ou soubesse quais são minhas crenças. Nunca precisei que o mundo soubesse como eu o vejo e sinto...
Será que eu estou fazendo isso errado? Sera que eu tenho que ficar gritando o que penso? Será que eu tenho que fazer passeatas para conscientizar as pessoas a usar fones de ouvido em lugares públicos, ou a não jogar lixo no chão, ou a não atravessar a rua com o sinal fechado para os pedestres, ou a não participar de atos de crueldade contra animais? E se eu fizer isso… quem não concorda comigo, vai escutar e mudar de ideia???
Me questiono sobre a funcionalidade de tantas manifestações. Será mesmo que desfilar nas ruas gritando, de seios de fora, vai fazer o resto do mundo ter mais respeito pelo direito das mulheres? Eu pelo menos fiquei sabendo de um monte de homens que acompanhou a passeata só para ver os seios… mas sera que eles se importaram com algo além disso?
 Será mesmo que colocar cartazes contra o consumo de carne, vai fazer as pessoas mudarem seus hábitos alimentares? Eu conheço pelo menos uma pessoa que tinha acabado de comer quase 1 kg de carne e foi tirar foto do lado do cartaz só pra zoar.
Entendo que as pesssoas tenham suas ideias e preocupações com o futuro… mas acho que tudo nesta Rio + 20 extrapolou o objetivo. E sem objetivo, decisões concretas nunca são tomadas. Estas são sempre adiadas para o próximo Rio sei lá o que (como foram na Rio 92).
Entendo que ter um ideal seja importante para muitas pessoas, mas lutar e gritar por eles não é o suficiente. Nada muda com gritaria e exibição. O que faz a diferença são os atos de cada um. São os exemplos dados todos os dias na rua. São os exemplos deixados para os filhos. É o que você faz, e não o que você grita, que faz com que as coisas mudem.
  Pensar não muda nada… fazer muda tudo!

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Diário de viagem 2012... Maringá - Parte 2

Quando começamos a achar que estávamos perdidos na estrada de terra, avistamos a Pousada... e foi algo tipo... UAU! Ela era muito mais linda do que nas fotos!

http://www.pousadachalesdolago.com.br/

Fomos muito bem atendidos logo na chegada e levados até ao nosso chalé. Confesso que fiquei mais surpresa ainda, pois nunca havia visto um chalé tão diferente na arquitetura e organização do espaço. A pessoa que o fez teve muita noção de como otimizar o espaço e dar um ar diferente ao lugar. Sem contar que a vista de frente pro lago era tudo de bom !
Com o passar dos dias descobrimos o ponto fraco do chalé... era impossível fazer o chuveiro ficar com uma temperatura agradável.  Ou a água era mega quente ou era mega fria! Você só conseguia tomar banho no intervalo de 5 segundos de transição de uma temperatura para a outra ! O Diego estranhou o cheiro do chalé, mas menino de cidade grande que não esta acostumado com lugares feitos de madeira, deve estranhar mesmo entrar e ficar muito tempo em um lugar assim.


Admiramos o ambiente, organizamos nossa bagunça e partimos para o Centro de Maringá para uma exploração preliminar.

O centro de Maringá é hiper fofo! Um monte de lojas de artesanato, algumas de passeios turísticos, e vários, mas vários restaurantes. E cada um oferecendo um tipo de comida diferente!
A Vila de Maringá é cortada pelo Rio Preto, sendo assim , de um lado do rio, você está no estado do Rio de Janeiro e do outro lado você  já esta em Minas Gerais. Achamos a ponte que cruzava  para o outro lado de Maringá e fomos explorar por lá. Demos uma olhada em vários outros restaurantes e lojas diferentes.
E então traçamos nosso plano para a estadia por lá... Primeiro dia : reconhecimento! Segundo dia : Passeio turístico ! Terceiro e ultimo dia: Compras!
 Tenho a péssima mania de querer comprar imãs de geladeira dos lugares onde vou. É uma mania que começou a pouco tempo ( nas férias do ano passado), mas é uma delicia chegar em casa e colocar aquele imã na geladeira, tipo... eu estive qui!!! Outra mania chata ( não para meus parentes e amigos) é querer levar lembrancinhas pros amigos dos lugares onde vou. Na verdade não é bem assim... não é que eu sinta a necessidade de comprar lembranças pra todo mundo. O que acontece é que de repente vejo uma parada que é muito a cara de um amigo. Aí eu tenho que levar ! Os amigos que não ganharam lembrancinhas desta vez, não fiquem chateados,  é que não achei nada com a cara de vocês !

Diário de viagem 2012... Maringá - Parte 1

Começamos nossa viagem com a programação. Minha idéia foi desde o início descansar,  mas com apenas 10 dias de férias, não tinha como ir muito longe. Então, pensando em alguma cidade no estado do Rio, e fria de preferencia, caí em 2 opções: Petrópolis e Visconde de Mauá. Como Petrópolis é bem mais perto daqui de casa, resolvi voar um pouco mais longe dessa vez.
Após decidido o lugar, o passo 2 foi procurar um lugar pra hospedagem. Como sempre, fui direto no booking.com . Lá da pra ver as avaliações dos lugares, quais os pontos fracos e fortes de cada um dos hotéis/ pousadas. Demorei uma noite inteira pra me decidir. Sou muito chata com algumas coisas, e eu queria muito muito um quarto com banheira. Acabei escolhendo uma pousada que não ficava exatamente em Visconde de Mauá, mas sim na Vila de Maringá, alguns quilômetros a frente. Tinha visto em um site, que a estrada para lá já estava asfaltada, e confiei nisso.
A parte de ver o preço e fazer a reserva eu deixei com o Diego... ele gosta tanto de pechinchar que sei que acabo fazendo ele feliz quando jogo essas coisas pra ele resolver. Ele pesquisou daqui, vasculhou dali, e achou o melhor preço pela diária da pousada que eu tinha escolhido. Ligou pra lá e fez a reserva.
Saímos do Rio no Domingo dia 4, e a estrada para lá estava uma delicia!!! Todo mundo voltando pro Rio depois do Feriado e  gente saindo daqui... perfeito! Paramos em alguns postos para abastecer mas fizemos uma viagem bem rápida ate a entrada de Penedo.
A subida da Serra foi um pouco mais demorada,  devido ao inúmero numero de curvas estreitas na subida, mas quanto mais subíamos, mas linda a paisagem se tornava.
Quando finamente chegamos a Visconde de Mauá, fizemos uma parada rápida  para  nos localizarmos no mapa, mas rapidamente dei ao Diego a direção correta para seguir no caminha da Pousada.
Foi quando para minha surpresa, alguns metros depois que saímos de Visconde de Mauá... a estrada asfaltada acabou... era só estrada de chão... meio molhada, bem esburacada e sempre pra cima. Olhei para o Diego com uma cara bem sem graça e perguntei: Vc ainda esta gostando do passeio? Ele respondeu: Eu sim. O amortecedor do carro é que não deve estar gostando muito!
Quando começamos a achar que estávamos perdidos na estrada de terra, avistamos a Pousada... e foi algo tipo... UAU! Ela era muito mais linda do que nas fotos!